sábado, 16 de julho de 2011

DROGAS:
você conhece os riscos?
UNODC Brasil e Cone Sul
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www.unodc.orgDrogas Perturbadoras
   Cannabis: Maconha e Haxixe
   Cogumelos
   Ayahuasca / Anticolinérgicos / Ácido
Drogas Depressoras
   Tranqüilizantes / Solventes
   Álcool / Opiáceos
Drogas Estimulantes
   Cocaína / Antidepressivos
   Tabaco / Ecstasy
   Ice / Anfetaminas / Anabolizantes
Informações Adicionais
   As Drogas no Trabalho
   Outro Ângulo / Projeto SESI-RS
   Use Cultura / Nós do Morro
ÍNDICE
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O uso de drogas é um fenômeno mundial que precisa ser discutido nacional e
internacionalmente. Nada de tabu. Vamos falar sobre drogas.
Para nós, do Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime (UNODC, na
sigla em inglês), uma das formas mais importantes de prevenir o uso de drogas é
a informação. É preciso saber sobre os riscos do abuso dessas substâncias. Por
alterar o nível de consciência, o uso pode levar a práticas arriscadas, como sexo
sem preservativo ou compartilhamento de seringas e outros materiais que podem
transmitir doenças como o HIV/Aids e a hepatite. O uso de drogas lícitas ou ilícitas
pode ampliar as vulnerabilidades pessoais. No trânsito, isso é um risco à sua vida
e à dos outros. Atos violentos também podem decorrer do abuso de substâncias.
Este livreto busca informar sobre os tipos de drogas, seus efeitos e como agem no
organismo. Use estas informações de forma responsável e lembre-se: uma vida
saudável depende das suas escolhas.
INTRODUÇÃOCANNABIS: MACONHA E HAXIXE
A  cannabis é a droga mais consumida no
mundo. Apesar de ser tratada muitas vezes como uma droga mais leve, o uso da
maconha pode ser bem mais arriscado do
que parece. A cannabis está cada vez mais
potente – e com isso há mais riscos de dependência.
Maconha é o nome dado no Brasil à cannabis
sativa em erva, também conhecida como
marihuana. Da compressão das flores da
Cannabis Sativa também se obtém a resina
chamada haxixe. Os efeitos são parecidos
com os da maconha, só que mais fortes.
O princípio ativo da cannabis é o THC, que
causa perturbação no funcionamento do
cérebro, muda a noção de tempo e do espaço, prejudica a coordenação motora e a
capacidade de atenção e memória. Os olhos
tendem a ficar vermelhos, a saliva diminui,
algumas pessoas sentem angústia, taquicardia, ansiedade e tremedeira. O uso intenso e
contínuo pode provocar falta de motivação.
Apesar de muita gente achar que a maconha
não vicia, com o aumento da potência da
droga ao longo dos anos, novos estudos
mostram que está cada vez mais difícil
abandonar seu uso.
DROGAS PERTURBADORAS
As drogas perturbadoras são aquelas relacionadas à produção de quadros
de alucinação, geralmente de natureza visual. Fazem com que o cérebro
passe a funcionar de maneira perturbada.
As drogas, na antigüidade, estiveram presentes
em rituais de diversas culturas. Os tipos de drogas
usadas, os rituais e o significado do consumo
variam a cada fase da história.
4COGUMELOS
A psilocibina é uma substância alucinógena
encontrada em várias espécies de cogumelos. Os efeitos do uso de cogumelos
variam de pessoa para pessoa e dependem
do momento e do ambiente em que a droga
é ingerida.
De modo geral, os cogumelos provocam
alucinações, delírios, dilatação da pupila,
suor excessivo, taquicardia e náusea.
AYAHUASCA
A ayahuasca é uma bebida preparada com
duas plantas alucinógenas, caapi e chacrona,
normalmente usadas em rituais religiosos
como uma “porta” para a transcendência. 
Entre seus efeitos estão: dilatação das pupilas, suor excessivo, taquicardia, náusea e
vômitos. Pode causar acessos de pânico e
delírios de grandeza e perseguição.
ANTICOLINÉRGICOS
Os anticolinérgicos são drogas que podem
ser produzidas em laboratório e usadas
como medicamentos no tratamento de algumas doenças, como o Mal de Parkinson.
Podem ainda ser provenientes de plantas como a saia branca, a trombeteira e a
zabumba.
Entre os efeitos estão alucinações e delírios,
sendo comum a sensação de perseguição. A
pupila dilata, a boca seca e o coração pode
disparar. Há o risco de convulsões, com o
aumento da temperatura corporal.
Os efeitos são bastante intensos, podendo
durar vários dias.
ÁCIDO
O LSD – ou ácido lisérgico – é uma substância sintética, produzida em laboratório.
É usado habitualmente por via oral, em forma de pequenos “selos”, mas também pode
ser misturado com tabaco e fumado.
Pequenas doses já produzem efeitos intensos, que costumam durar de 4 a 12 horas.
Pode causar euforia, excitação, sensação de
bem-estar e tranqüilidade (“boa viagem”)
ou depressão, sensação de pânico, enjôos e
tremores (“viagem ruim” ou bad trip).
Sob o efeito da droga, o usuário pode perder
a noção de riscos e cometer atos impulsivos
ou envolver-se em atividades perigosas
sem perceber o que está fazendo. Delírios
de perseguição e grandeza também são
comuns. Em alguns casos, o usuário pode
voltar a ter alucinações semanas ou meses
depois de ter consumido a droga.
O uso de drogas injetáveis está entre as principais
causas da infecção por HIV/Aids na América Latina.
Fonte: Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS),
do qual o UNODC é co-patrocinador.
5 6SOLVENTES
Os solventes (esmaltes,  thinners, tintas,
colas) ou inalantes (lança-perfume e “cheirinho-da-loló”) são substâncias depressoras e sintéticas, inaladas pela boca ou pelo
nariz.
Em um primeiro momento, a pessoa fica
eufórica e desinibida. Em seguida, fica deprimida, confusa e desorientada, podendo ter
alucinações auditivas e visuais. O uso crônico de solventes destrói os neurônios, causa
lesões no fígado, rins, nervos periféricos e
medula óssea. Há, ainda, risco de coma e
morte. Em alguns casos, favorece surtos
psicóticos.
TRANQÜILIZANTES
Os tranqüilizantes (benzodiazepínicos, barbitúricos, “calmantes” ou ansiolíticos) são
drogas depressoras sintéticas consumidas
por via oral ou injetável. São usados como
soníferos ou medicamentos para combater
a ansiedade e a tensão.
Causam sonolência e relaxamento muscular.
Dificultam a aprendizagem e a memoriza-
ção. Se usados em doses elevadas, podem
provocar reação tóxica. Levam facilmente à
dependência física e quando deixam de ser
usados, os efeitos são irritação e ansiedade
intensas.
O maior perigo é a mistura com álcool ou
sedativos, que pode levar ao estado de
coma. Se ingeridos por grávidas, há risco
de lesões ou defeitos físicos no feto.
DROGAS DEPRESSORAS
São substâncias químicas capazes de diminuir as atividades cerebrais.
Possuem propriedade analgésica e seus usuários tornam-se sonolentos
e desconcentrados.
8ÁLCOOL
O álcool etílico é a mais famosa droga depressora, obtida pela fermentação de açú-
cares ou carboidratos presentes em vegetais. Vendidas legalmente para maiores de
idade, as bebidas alcoólicas são um grave
problema em vários países, entre eles, o
Brasil. Seus efeitos imediatos são euforia e
desinibição. Em um segundo momento, diminuem a vigília, provocam falta de coordenação motora, sedação e sono.
Dependendo da pessoa, da bebida usada,
da dose e da rapidez com que é consumido, o álcool pode também provocar dor
de cabeça, náuseas e vômitos. Quando o
consumo é exagerado, ocasiona doenças
no fígado, aparelho digestivo, pâncreas e
coração, além de má-formação fetal, se
usado por grávidas.
OPIÁCEOS
São drogas que aliviam a dor e dão sonolência. Derivam do ópio, um suco leitoso
extraído da papoula do oriente. Muitos de
seus derivados são usados como remédios,
caso da codeína, que tem propriedade de
deprimir o centro da tosse que existe no
cérebro e está presente em alguns xaropes.
Os opiáceos podem ser usados em injeções,
fumados ou ingeridos. Em altas doses, podem causar grande depressão respiratória
e cardíaca, levando ao estado de coma e
mesmo à morte. A suspensão repentina do
uso causa intensas dores físicas, diarréias e
vômitos, necessitando de acompanhamento
médico.
A principal substância derivada do ópio é
a morfina, palavra que vem de Morfeu, o
deus dos sonhos. Da modificação química
da morfina obtém-se a heroína, que provoca um estado de “semi-sono” ou “sonho
acordado”, acompanhado de incapacidade
de concentração e diminuição da atividade
física. A heroína causa apatia, contração das
pupilas e diminuição dos movimentos do
estômago e dos intestinos.
O Brasil é um dos recordistas mundiais de acidentes de trânsito: cerca de 50 mil mortes por ano.
O uso de álcool está relacionado a  cerca de 70%
dos acidentes fatais.
Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas  - SENAD
O álcool é a droga mais usada pelos jovens e é
responsável  por 80% das internações hospitalares por intoxicação de drogas no Brasil.
Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.
10Estabelecida a dependência, a pessoa sofre com a síndrome de abstinência quando não usa a substância.
Mas o tratamento para a dependência de drogas funciona.
Peça ajuda. É um processo difícil, mas não é impossível.
Ligue para o Viva Voz da SENAD: 0800 510 0015.
A temperatura e a pressão arterial aumentam, a pupila dilata e o coração acelera,
podendo ocorrer parada cardíaca.
ANTIDEPRESSIVOS
Os antidepressivos são medicamentos
que ajudam no tratamento médico de uma
doença chamada depressão. Não costumam
ser classificados nem como calmantes, nem
como estimulantes. Podem causar sintomas
como visão embaçada, taquicardia, retenção
urinária, constipação intestinal e secura
na boca. Também podem levar à confusão
mental e delírio, especialmente se combinados com tranqüilizantes.
DROGAS ESTIMULANTES
São substâncias químicas capazes de aumentar a atividade cerebral.
Causam aumento da atenção, aceleração do pensamento e euforia.
COCAÍNA
A cocaína é uma droga produzida com um
princípio ativo extraído das folhas da Erythroxylon coca e outras substâncias químicas.
Pode ser cheirada, injetada ou fumada – sob
a forma de pedras de crack, que produzem
efeitos mais intensos e dependência severa
em pouco tempo. Existe ainda a pasta de
coca, um produto menos purificado que
também pode ser fumado. Misturado a
outras substâncias, é comercializado em
alguns lugares com o nome de merla.
As sensações provocadas pelo uso da cocaína e seus derivados são euforia, hiperatividade, insônia e falta de apetite. Tira o
sono, mas não alivia o cansaço físico. Em
doses maiores, causa irritação, agressividade, delírios e alucinações.
O efeito imediato da cocaína é estimulante,
mas depois o usuário sente depressão
COCAÍNA
A cocaína é uma droga produzida com um
princípio ativo extraído das folhas da Erythroxylon coca e outras substâncias químicas.
Pode ser cheirada, injetada ou fumada – sob
a forma de pedras de crack, que produzem
efeitos mais intensos e dependência severa
em pouco tempo. Existe ainda a pasta de
coca, um produto menos purificado que
também pode ser fumado. Misturado a
outras substâncias, é comercializado em
alguns lugares com o nome de merla.
As sensações provocadas pelo uso da cocaína e seus derivados são euforia, hiperatividade, insônia e falta de apetite. Tira o
sono, mas não alivia o cansaço físico. Em
doses maiores, causa irritação, agressividade, delírios e alucinações.
O efeito imediato da cocaína é estimulante,
mas depois o usuário sente depressão. A temperatura e a pressão arterial aumentam, a pupila dilata e o coração acelera,
podendo ocorrer parada cardíaca.
ANTIDEPRESSIVOS
Os antidepressivos são medicamentos
que ajudam no tratamento médico de uma
doença chamada depressão. Não costumam
ser classificados nem como calmantes, nem
como estimulantes. Podem causar sintomas
como visão embaçada, taquicardia, retenção
urinária, constipação intestinal e secura
na boca. Também podem levar à confusão
mental e delírio, especialmente mental e delírio, especialmente se combinados com tranqüilizantes. TABACO
Em forma de charuto, rapé e cigarro, o tabaco é uma das drogas mais consumidas no
mundo inteiro.
Diminui o apetite e é um estimulante leve,
apesar de muitas pessoas se sentirem relaxadas quando fumam. Além da nicotina,
a fumaça do cigarro contém várias outras
substâncias tóxicas ao organismo, como o
alcatrão e o monóxido de carbono.
O uso intenso aumenta a probabilidade
de câncer. Também aumenta o risco de
doenças cardiovasculares e derrames, reduz
a fertilidade e causa danos ao desenvolvimento fetal.
ECSTASY
O ecstasy é uma substância estimulante
sintética, comercializada em comprimidos e
conhecida como a “droga do amor”. Causa
euforia e hiperatividade, altera a percepção
de tempo, diminui a sensação de sede e de
medo e provoca alucinações visuais. Pode
causar ataques de pânico e até levar à morte
pelo aumento de temperatura corporal e
desidratação.
ICE
O ice, vendido em pedras transparentes
semelhantes a cristais, pode ser dissolvido
em bebidas, fumado ou até injetado. Provoca excitação, aumenta a atividade cerebral,
os batimentos cardíacos e a pressão arterial, podendo provocar parada cardíaca e
degeneração das células do cérebro, além de
descolamento da retina, depressão, delírio
de perseguição e crises de paranóia.
ANABOLIZANTES
Os anabolizantes são drogas estimulantes
sintéticas relacionadas ao hormônio masculino testosterona. Aumentam os músculos, a força e a resistência, mas têm efeitos
colaterais graves. No homem, os testículos
diminuem de tamanho e podem ocorrer
impotência, infertilidade, calvície, desenvolvimento de mamas, dificuldade ou dor
para urinar e aumento da próstata.
Na mulher, é comum o crescimento de pê-
los faciais, alterações ou ausência do ciclo
menstrual, aumento do clitóris, voz grossa e
diminuição dos seios. Se usados por adolescentes, podem levar à maturação esquelética
prematura e puberdade acelerada.
ANFETAMINAS E ANOREXÍGENOS
O Brasil é um dos campeões mundiais do
uso de anfetaminas, que são drogas estimulantes produzidas em laboratório e comercializadas – de forma legal ou ilegal – como
moderadores de apetite.
As anfetaminas fazem o cérebro trabalhar
mais depressa, deixando as pessoas com
menos sono, fome e cansaço. Aumentam o
batimento cardíaco e a pressão sangüínea e
dilatam as pupilas. Em doses altas, causam
psicose anfetamínica, um estado com delí-
rios de perseguição, paranóia e alucinações.
Podem ocorrer convulsões.
Alguns itens da política nacional sobre drogas:
• Reconhecer as diferenças entre o usuário, a pessoa em uso indevido, o dependente e o traficante de
drogas, tratando-os de forma diferenciada.
• Tratar de forma igualitária, sem discriminação, as
pessoas usuárias ou dependentes de drogas lícitas
ou ilícitas.
• Garantir o direito de receber tratamento adequado
a toda pessoa com problemas decorrentes do uso
indevido de drogas.
Fonte:
Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas  - SENAD
13 14PREVENÇÃO NO TRABALHO
O consumo de drogas causa, anualmente, prejuízos de milhões de dólares
na economia de diversos países. Isso
sem contar os danos à saúde de quem
usa. Os acidentes de trabalho tornamse mais prováveis, a produtividade do
trabalhador diminui e seu desempenho
tende a se tornar inconstante. Tudo
isso põe em risco a vida do profissional – e seu emprego.
O uso de drogas no ambiente de
trabalho é um assunto que deve ser
abordado de forma discreta, sem
discriminar o funcionário. O diálogo
franco é fundamental para a solução
do problema. A empresa deve desenvolver campanhas e programas, como
parte de sua responsabilidade social,
para integrar seus empregados e alertar sobre os prejuízos causados pelo
consumo de drogas.
De olho no problema, diversas empresas no Brasil já  se associaram ao
UNODC e ao SESI/RS em programas
de prevenção às drogas e apoio aos
dependentes químicos.
UMA INICIATIVA
COM SELO DE QUALIDADE
Desde  1995, o SESI do Rio Grande do Sul, em
parceria com o UNODC, vem trabalhando para
reduzir o uso de drogas entre mais de 100 mil
trabalhadores de 100 empresas. A iniciativa de Responsabilidade Social superou as expectativas.
UM OUTRO ÂNGULO
Conheça algumas idéias que fazem a diferença no
campo da saúde, cultura e inclusão social.
Focado na valorização de hábitos saudáveis, o
projeto desenvolveu atividades que uniram ainda
mais o funcionário, seus colegas e suas famílias.
A iniciativa recebeu o certificado de qualidade
ISO 9001.
ENTRE OS PRINCIPAIS
RESULTADOS ALCANÇADOS ESTÃO:
     Queda de 16% no número de fumantes;
     O uso de álcool caiu 12,5%;
     O consumo de drogas ilícitas sofreu uma
     queda de 28,7%;
     Faltas por motivo de doença ou incapacidade
     foram reduzidas em 10%;
     Atrasos por parte dos trabalhadores
     caíram 30%;
     Acidentes de trabalho provocados pelo
     consumo de drogas reduziram 34%.
15 16Escolhas saudáveis para o corpo e para a
mente. Este é um dos melhores caminhos para
mostrar aos jovens uma perspectiva mais ampla da vida. A cultura abre horizontes e é um
caminho para a prevenção às  drogas e à violência. É por uma visão assim que o grupo Nós
do Morro trabalha. Com arte, leva cultura aos
jovens do Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro.
Em mais de duas décadas de trabalho, o grupo
vem colhendo cada vez mais sucessos.
Guti Fraga, criador do Nós do Morro, explica
que a iniciativa surgiu durante uma viagem a
Nova York, ao assistir a peças teatrais em cartaz fora dos grandes teatros. Eram espetáculos
que, segundo ele, não tinham características
amadoras, e sim experimentais. Ao voltar ao
Brasil, colocou o plano em prática.
“Eu já morava no morro e reparava no
talento de algumas pessoas da comunidade. Só que elas ficavam pelas esquinas
e tinham o universo muito limitado. Assim
que retornei ao Brasil, já com a idéia de
formar um projeto cultural, procurei cada
uma dessas pessoas perguntando se elas
topariam.”
O projeto tomou forma e já completou 20 anos
de existência. Em 2001, começou a receber o
patrocínio de empresas. O grupo passou a ter
ainda mais destaque quando muitos de seus
integrantes receberam papéis no filme “Cidade
de Deus”, o que levou o trabalho de Guti e seus
colaboradores a ser reconhecido internacionalmente.
O Nós do Morro continua ampliando frentes de
trabalho. Desenvolveu projeto com 1440 crianças da rede pública de ensino do município
de Nova Iguaçu (RJ). O objetivo é tornar a cultura mais acessível às comunidades carentes.

 

 

 

 

 

 

O que é Dependência Química?


Dependência química é:
A DEPENDÊNCIA de qualquer substância psicoativa, ou seja, qualquer droga que altere o comportamento e que possa causar dependência (álcool, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer à base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência ou "faixa preta" etc.). A dependência se caracteriza por o indivíduo sentir que a droga é tão necessária (ou mais!) em sua vida quanto alimento, água, repouso, segurança... quando não o é!"QUÍMICA" se refere ao fato de que o que provoca a dependência é uma substância química. O álcool, embora a maioria das pessoas o separem das drogas ilegais, é uma droga tão ou mais poderosa em causar dependência em pessoas predispostas quanto qualquer outra droga, ilegal ou não.
UMA DOENÇA:
A Organização Mundial de Saúde reconhece as dependências químicas como doenças. Uma doença é uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa, que lhe seja prejudicial. Por definição, como o diabete ou a pressão alta, a doença da dependência não é culpa do dependente; o paciente somente pode ser responsabilizado por não querer o tratamento, se for o caso. Exatamente da mesma maneira que poderíamos cobrar o diabético ou o cardíaco de não querer tomar os medicamentos prescritos ou seguir a dieta necessária. Dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral.
UMA DOENÇA DE MÚLTIPLAS CAUSAS:
As dependências químicas não têm uma causa única, mas sim, são o produto de vários fatores que atuam ao mesmo tempo, sendo que, às vezes, uns são mais predominantes naquele paciente específico que outras. No entanto, sempre há mais de uma causa. Por exemplo, existe uma predisposição física e emocional para a dependência, própria do indivíduo. Vivendo como um dependente, o paciente acaba tendo uma série de problemas sociais, familiares, sexuais, profissionais, emocionais, religiosos etc., que são conseqüência e não causa de seu problema. Portanto, as causas são internas, não externas. Problemas de vida não geram dependência química.

UMA DOENÇA COM MÚLTIPLAS REPERCUSSÕES:                                                     Como já dissemos, a dependência química gera inúmeros problemas sociais, familiares, físicos etc.                                                                                                                      UMA DOENÇA PROGRESSIVA:                                                                             Sem tratamento adequado, as dependências químicas tendem a piorar cada vez mais com o passar do tempo.                                                                                        UMA DOENÇA CRÔNICA INCURÁVEL:                                                                                 O dependente químico, esteja ou não em recuperação, esteja ou não bebendo ou usando outras drogas, sempre foi e sempre será um dependente. Não existe cura para a dependência: nunca o paciente poderá beber ou usar outras drogas de maneira controlada. Como o diabete, não existe cura: sempre será diabético ou dependente.                                                                                                                     UMA DOENÇA TRATÁVEL:                                                                                                   Apesar de nunca mais poder usar álcool ou outras drogas de maneira "social" ou "recreativa", da mesma maneira que um diabético nunca vai poder comer açúcar em quantidade, o dependente, se aceitar e realmente se engajar no tratamento, pode viver muito bem sem a droga e sem as conseqüências da dependência ativa. É importante notar que qualquer avanço em termos de recuperação depende de um real e sincero desejo do paciente: ninguém "trata" o dependente se ele não quiser se tratar.                                                                                 UMA DOENÇA FAMILIAR:                                                                                                                O convívio com o dependente faz com que os familiares adoeçam emocionalmente, sendo necessário que o familiar também se trate, e, ao mesmo tempo, receba orientações a respeito de como lidar com o dependente, como lidar com seus sentimentos em relação ao dependente, o que fazer, o que não fazer, e sobre como proteger a si e aos demais membros da família de problemas emocionais causados pela doença do dependente. Muitas vezes, os familiares se assustam quando a gente fala que também eles necessitam de tratamento; ninguém quer ser chamado de doente. No entanto, todos os familiares de dependentes que encontramos durante nossa vida profissional nos relataram pelo menos alguma conseqüência ou problema relacionado à dependência de uma pessoa próxima. Do nosso ponto de vista, quanto mais tempo o dependente e o familiar levarem para admitir a real necessidade de ajuda, maior tempo sofrerão.








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